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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Próprio


Da minha pouca idade,
Herdei a ingenuidade e devoção dos meus avós,
Sem saber que as verdades,
Vão além das catedrais

Eu sou meu próprio Deus,
Sou consequência da minha própria lei,
Não hei de me julgar,
Foi Ele que permitiu

Quantas pedras irão me jogar?
Quantos leões terei que acalmar?
E nem ao menos faço questão de dizer que estou certo

Cada um tem o direito de ser o que é,
Não quero tua jangada,
Teu mapa,
Traço meus caminhos
Com meus próprios pés

Não me converta,
Não me aliene,
Entenda,
Cresça!

Meu templo é minha própria alma,
Faço dos meus conceitos, à doutrina
Minhas escrituras, são minhas marcas
Sou sábio suficiente para a firmar
Que minha única certeza
É minha eterna dúvida.

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