quarta-feira, 30 de junho de 2010
Em tempos
Não é só porque você se foi
Que eu estou pensando em me vingar
Não é só porque o tempo passou
Que eu não vá sentir saudade
Não é só porque eu beijo outra boca
Que eu vou sentir qualquer desejo
Não é só porque eu vejo outros olhos
Que eu não veja mais teus olhos negros
Não existe nenhum caminho
Que você não possa seguir
E mudar própria estrada
Ou apenas uma história
Que não possa mais ser concertada
Não é só porque eu cito outro nome
Que eu não lembre mais do teu
Não é só porque o tempo interfiriu
Que o que eu sinto por ti, morreu
Não é só porque o vento sopra
Que ele poderá te levar para onde bem entender
Não é só porque eu olho pra ela
Que eu não veja mais você
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
domingo, 27 de junho de 2010
Desse jeito
Me desculpe,
Por eu ser assim,
Por contar piadas nas horas delicadas
Por gostar de mim acima de tudo
Por entrar em detalhes
Quando só queres o resumo
Por me magoar tão rápido e fácil
Só para ver no teu rosto
O sentimento de culpa
Por achar que estou sempre certo,
Mesmo incerto,
Ter a certeza na minha dúvida
E quando encher a cara
Cantar, gritar teu nome
Ir no teu portão de madrugada
Fazendo juras de amor, em serenata
E mesmo com você reclamando,
Ficando de bico
Acho que não é tão ruim assim
Pois é desse jeito que você continua me amando
É desse jeito que você gosta de mim
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
Esse olhar
Tire esse olhar de mim
Não quero mais me ver no teu
Esse olhar que me come
Junto com essa tua boca
Que me mastiga toda
Quando fecho os olhos
Me vejo de novo
No teu quarto escuro
Rodeado de fotografias nossas
E você, me beijando a coluna de cima à baixo
Deixando meus pelos em pé
Se entregando fundo,
Me jogando na cama
E me fazendo mulher
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
Hoje
Olhar você,
E encontrar a paz
Que tanto sonhei
Em teu olhar,
Agora vejo como um lugar seguro
Onde eu gosto de estar
Confesso que no começo tive medo
Medo de novamente me machucar
E der errado
E voltar a sofrer,
O quanto sofri no passado
Mas hoje,
Você encaixa nos meus sonhos
Um sonho que há tempos
Deixei de sonhar,
Por esse tal medo
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
sábado, 26 de junho de 2010
Dois lados
Somos guerreiros do futuro
Somos lembranças do passado
Somos o nada
AS vezes o tudo
Somos o certo que deu errado
Somos nossos pais
Nossas crianças felizes
Correndo pela rua
Somos o sol
Também a lua
Somos o medo e a coragem
A verdade de mentira
Somos a mira, as vezes o alvo
Somos o ódio depois do amor
O maltrato e o carinho
O tapa e o beijinho
O espinho, daquela flor
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
Numa só mulher
Em uma noite quente de verão
Encontrei as músicas e poesias
Que lhe dediquei em tempos mortos de solidão
E um pensamento me veio
Que como fui fraco em te querer
Frases tão lindas assim
Não poderiam ser dedicadas a você
E como o amor é um atalho para a humilhação
Milhões de pedidos de perdões
Gastado numa só mulher
Que não soube aproveitar
A dor de mais um homem qualquer
Um homem qualquer, de lhe daria a vida
Só pra te fazer feliz
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Hoje vejo
Desculpe-me,
Eu não pensei que se importasse tanto
Pensei que foste mais uma diante a todas
Mais uma beleza fria e seca
Que na qual eu tanto procuro
Que tanto me escondo
E que sempre volta a me achar
Vou deformar meu rosto,
Enigma meu ser
Para ver, se o que sentes é verdadeiro
Vou quebrar o jarro,
Não vou conter minha gula
Para sentir, se a água é realmente pura
Mas, agora vejo tanto amor
Me sinto tão mais seguro
Pois sei que cada sorriso
Não é forçado
E a cada abraço meu
Ha um suspiro teu, aliviante
Jogando toda insegurança fora
Na qual ver em mim
Um abrigo, num lugar de aconchego
Longe do perigo,
De todo mal e de toda dor
E nos fundos dos teus olhos eu vejo
Um sincero e delicado amor
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
Humanos
Vamos aplaudir a ignorância
Vamos rir da traição
O pai que estrupa a filha
O filho que mata a mãe
Vamos fingir que é de verdade
Dizer palavras complicadas e lindas
Gírias, e um monte de bobagens
Vamos enganar, roubar, matar
Tudo por poder e um pedaço de papel
O céu nos espera
E todos os valentes da guerra
Em que morreram em nome de seu país
Vamos matar por maldade
Morrer por honra
pois só assim seremos felizes
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
domingo, 13 de junho de 2010
Cas
Vou continuar fingindo
Dando corda a sua mentira
E vê até onde vai seu cinismo
Talvez o ódio fosse mais bonito do que agora
Dessa situação que ninguém sabe,
Se rir ou se chora
Do que essa tua cara sem palavras
Tentando buscar no vento fresas feitas
Ou pelos menos as ensaiadas
Colocando o dedo no fundo da garganta
Para ver se cospe algum amor
Mas sei que mesmo com essas lutas falsas contra si
Vai terminar com um simples "acabou"
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
Realidade do amor
Hoje cai na realidade franca
Que só quando pararmos de procurar pela pessoa perfeita
Aí sim, veremos a perfeição em cada pessoa
E que tudo esta no detalhe
De um olhar acompanhado de um sorriso
De um abraço mais forte e longo
De um simples "tudo bem"
Transformar o inferno no paraíso
De chorar e se aliviar no ombro
Como se fosse travesseiro
De se manter firme quando eu estiver fraco
De me juntar e colar com toda paciência
Quando eu estiver em pedaços
O amor talvez não chegue de pressa
Mas também não tenha pressa pra chegar
Só basta o prazer da Campânia
De não ligar pra hora
De querer que o tempo pare
Sem se importar com tudo lá fora
De passar do tempo só mais um pouco
Só para ficarmos mais juntos,
um do outro
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Egoismo
Me ame!
Mesmo que isso lhe faça sofrer
Me idolatre,
Porque entre nós dois o importante sou eu,
Não é você
Meu egoismo com sua mente doentia
Nos completa,
E é o que nos faz viver em plena harmonia
Minhas mãos doem
De tanto escrever de você
Sozinho construo sonhos impossiveis
Amores que não vão acontecer
Minha tristeza se transforma em palavras
salgadas e algumas doce como o céu
Na qual canto essa canção,
Seu perdão ja não é mais valido
A meio de tantas desculpas
Que só me faz te perdoar
É uma esperança boba
De que você ainda irá mudar
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
Apenas lembre
Com as pessoas normais
Eu era uma
Com você eu era outra,
Totalmente diferente
Hoje, não sou nenhum dos dois
Entre tantas lágrimas e sonhos
Aprendi a evoluir
Foram tantos os tombos
Que eu comecei a me levantar sozinho
Talvez você nunca tenha visto
O quanto cresci, por não estar ao meu lado
Mas hoje fica tudo mais claro
Quando olho para trás
E me vejo, e te vejo, o como chegamos até aqui
Mas só lhe peço
Pois se não ficou o amor
Apenas guarde um carinho
E se não for encomodo
Lembre de mim as vezes
Sei, que não temos muito para lembrar
Mas lembre de qualquer coisa
Do meu rosto, do meu sorriso
Do meu olhar
Até mesmo o meu silêncio constante
Quando não tinha muito pra dizer
Mas lembre de mim, as vezes
Apenas lembre
Pois sempre estarei lembrando de você
Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
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