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sábado, 14 de janeiro de 2012

Maria


Maria,
Enxergas a ave, Maria?
A ave do pecado que vem ao teu encontro
Por que se perde assim,
Nos bosques da vida,
Com qualquer rapaz?

O desejo da carne entre os dentes
Sorri com sua saia rodada,
Pura, decente, discreta, fatal...

Maria,
Enxergas a ave, Maria?
A ave do engano que pousa no altar,
A tua espera
À fim de revelar teus segredos,
Que sonha com uma falsa inocência
No atalho da ilusão

Maria,
Veste-se de branco e azul,
Por cima do negro,
Com uma pura estampa,
Tecendo longos bordados

A ave, Maria...
A caminho dos bosques ainda há tuas pegadas,
Nas árvores,
As marcas de unha revelando o prazer
Da carne realizada ao ser possuída,
Voltando ser Maria,
Em todo amanhecer

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