quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Quimera
Longe de mim ela se perde
E a encontro em qualquer lugar
Nos lugares mais estranhos
No conforto de outros braços
Está nesta vida, por estar
E quando chega a noite
Desvaria por aí...
Não sabe mais com quem se levanta
Quanto mais com quem vai dormir
Eu não a desejo mal,
Apesar de ter todo direito
Por ter sido escravo dela,
Sepultado sem reza no teu leito
Ela bola maliciosos mapas
E rotas que eu nunca vi
De surpresas tão suspeitas
Sempre a me colidir
Ela sabe muito bem,
Que ainda mexe com minh'alma
Por ter sido meu amor, minha calma
Minha quimera mais real
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Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
Mulata De Calçada
O cheiro na toalha,
Do teu perfume barato
Tome mais uns trocados
Por ter sido tão bom
Fica mais,
Te pago mais um pouco
Me faça um carinho
Nos teus braços rodados
Mulata de calçada,
Minha negra, me diz teu nome
o verdadeiro,
Ou qual você costuma usar
A gente chega numa idade
Onde as mentiras fazem parte
Pra quem não quer chegar em algum lugar
Me diz, pra onde você vai?
Toda vez que o sol raia
Te faço um acordo...
Fica pra sempre,
Eu te pago a diária
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Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
Medo
A noite cai nas minhas costas
A sombra vem e posta,
O seu medo sobre o ar
Capturo-o como se fosse meu
Cubro teu corpo nú
Sobre o chão gelado
Deito,
Repouso tua cabeça em meu peito
Prometo estar aqui,
Até o sol nascer,
Rematar o teu medo do escuro
Ou de me perder, talvez...
Não sei bem ao certo
Se o que sonhas me alegra
Mas prometo lhe incitar
Na medida certa,
Até não precisar, jamais de mim
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Saiba que os poetas, como os cegos podem ver na escuridão.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Anjo da Guarda
Eu hoje vou dar bem trabalho
Ao meu anjo da guarda
Espero que traga reforço das forças do céu
Porque eu berro, eu xingo, eu danço e eu bebo
Eu faço de um sonho tão lindo
O teu pior pesadelo
Eu atiro sem dó
As verdades rajadas no ar
Atingindo sempre aqueles que sabem quem são
Não to com saco pra nenhum romantismo
Ou os pobres de espírito
Chorando por pequenas decepções
Não venha me mostrar o amor
Meu querido cupido
Ultimamente você anda até mais chapado que eu
Deixe que eu esqueça das dores
E só lembre dos amigos
Deixe que eu trate de esquecer
Quem há tempos já me esqueceu
Eu danço no salão
Como se estivesse sozinho
Eu danço pra espantar as dores do mundo
Eu danço com a cabeça ligada no rock e no vinho
Eu danço vivendo, brindando a vida
Sem temer os próximos segundos
Eu hoje vou dar bem trabalho
Ao meu anjo da guarda
Espero que traga reforço das forças do céu
Não quero que nenhuma presença me deixe acanhado
Só quero dessa vida amarga
Um pouquinho do mel
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